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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Séries - Five Foot Two Lady Gaga



Oi, tudo bem por aí?

Esse é meu espaço para falar sobre séries, eu sei, mas hoje vou trazer um tema diferente. Assisti o documentário da Lady Gaga “Five feet two” (em tradução livre seria algo como “um metro e cinquenta e sete de altura” que é a altura dela) e fiquei bastante mexida. Como o documentário está disponível na Netflix eu resolvi colocá-lo por aqui nos posts de segunda que geralmente são sobre séries.

O documentário mostra as gravações do último disco de estúdio lançado pela Gaga, o Joane. Acompanhamos o dia-a-dia da cantora em sua casa, no estúdio e compromissos familiares. Eu não vou dizer que sou a maior fã de Lady Gaga do mundo, mas toda música dela que vira hit eu gosto. Ela tem uma voz maravilhosa e uma performance de palco que eu gosto muito, agora além disso passei a respeitá-la como artista e mulher.  

Acho que quem não conhece a vida pessoal da Gaga deve ter a impressão de que ela é uma louca excêntrica que usa roupas de bifes e usa saltos esquisitos todo dia, mas a verdade mostrada no documentário desmistifica esse personagem criado por ela para se defender do padrão imposto pela mídia. Gaga é uma mulher, com inseguranças, medos e uma vontade de se descobrir. Ela tem problemas reais e uma imagem pesada que precisa ser mantida a todo o custo.

Joane é um disco pessoal, com letras profundas que remetem feridas antigas de sua família. Joane é o nome de sua tia que faleceu em decorrência de Lúpus quando tinha apenas 19 anos, o pai de Gaga era muito próximo de sua irmã e mesmo depois de muitos anos da morte de Joane ele sempre a citava para a filha, que sabia do amor da tia por arte. A vida interrompida de Joane marcou a história de Stephanie que também queria ser artista e que também queria se provar. É uma linda homenagem. Em um dos momentos mais emocionantes do documentário temos a música que Gaga compôs para Joane sendo tocada para a avó. Confesso que me emocionei bastante.

No meio do lançamento do novo álbum, Lady Gaga ainda tem que lidar com o término de seu noivado de 5 anos com o ator de Chicago Fire, Tyler Kenney. Além de sentir dores constantes causadas por uma lesão no quadril o que por vezes atrapalha sua performance de dança. Para completar seu novo CD não tem a melhor aceitação do público pela mudança em questão de visual e ritmo, trazendo músicas mais lentas e profundas.

Podemos ver que Stephanie Germanotta é uma mulher triste, cansada e muitas vezes depressiva. Ela bebe, fuma e precisa de medicamentos para dor todo o tempo. Ela chega a dizer que quer se provar, que quer descobrir quem é a mulher, que ainda se sente como uma menina assustada e incapaz. Todo o glamour e beleza que são vistas em fotos e shows não fazem parte da verdade que ela vive, ela é solitária, ao mesmo tempo que luta para ver seu trabalho reconhecido e realizado com perfeição.

Lady Gaga vai até o limite, luta com unhas e dentes pelo seu espaço e dedica tudo o que é para o trabalho, fica claro durantes os ensaios para o Super Bowl que ela não aceita nada menos do que a perfeição, mesmo que isso custe sua saúde. Como resultado final temos sua consagração com uma das apresentações mais icônicas já vista no evento e seu novo álbum finalmente sendo reconhecido e alcançando o topo das paradas.

É um documentário lindo, verdadeiro e emocionante. Recomendo para fãs e para aqueles que não vão muito com a cara dela. Ver que por trás de tanto dinheiro, sucesso e glamour existe alguém normal, com problemas e medos reais nos faz pensar e valorizar o que temos em nossas vidas.  

Beijos até mais.

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